A tecnologia é própria ao homem abrangendo desde os primórdios até, e principalmente, os dias atuais, devido a sua capacidade de construção, transformando-se em um ser pensante. A palavra tecnologia provém de uma junção do termo tecno, do grego techné, que é saber fazer, e logia, do grego logus, razão. Portanto, tecnologia significa a razão do saber fazer (RODRIGUES, 2001). Começando pela pré-história com a construção de simples instrumentos de pedra, que serviam como instrumento de corte ajudando na obtenção de alimentos, como também a descoberta do fogo, a significativa evolução das técnicas agrícolas e a prática da agricultura. Depois na Antiguidade com o desenvolvimento de novas técnicas de construção, veio o ferro forjado, o transporte (carruagens puxadas a cavalo), e os armamentos. Já na idade Média tivemos uma grande contribuição para a agricultura e técnicas de construção aperfeiçoadas.

Na idade moderna grandes avanços do transporte náutico, criação da máquina a vapor e armas aperfeiçoadas, passando a ter uma maior potência e eficiência. Finalmente na idade contemporânea, denominada a Era das invenções: processo produtivo em ritmo acelerado, começando inicialmente na Inglaterra com a evolução industrial. Grande desenvolvimento na mecânica e vias férreas, a construção de locomotivas e barcos a vapor, aperfeiçoa-se a indústria têxtil e o aço substitui o ferro. Ocorre o desenvolvimento das comunicações; das ondas de rádio; da ampliação do uso da eletricidade, a invenção da máquina de combustão interna, e do automóvel. O desenvolvimento do computador eletrônico, que apesar de já existir desde a Segunda Guerra Mundial, só evoluiu realmente com a invenção dos chips. E mais recentemente vieram a Internet e os telefones celulares, como também tecnologias inovadoras criadas tanto para trabalho como para o entretenimento. São eles: os tablet’s, os smartphones, as smarttv’s entre outros.

Torna-se evidente a capacidade do homem de criar e inventar, impulsionado pela necessidade e instinto de desenvolver-se. O homem sempre precisou evoluir adaptando-se ao meio e buscando a simplificação do seu modo de vida. Infelizmente nem todas as descobertas foram usadas para o bem, como por exemplo os instrumentos bélicos e os de guerra. Segundo Sérgio Czajkowski Jr, professor da Universidade Positivo e do UniCuritiba “mesmo sendo inegável que a tecnologia foi vital para uma ‘evolução’ da humanidade, é salutar sempre se mencionar que esta não é neutra e que nem todos os avanços tecnológicos redundaram em benefícios para toda a humanidade”.

Com a constante evolução tecnológica e do novo “mundo digital”, o talento e o desenvolvimento humano tornaram-se imprescindíveis e acessíveis para todos. A sociedade está a todo momento online, mas a principal diferença entre as tecnologias é a forma de como elas serão utilizadas, e principalmente como lidar com tantas informações. O ser humano vem sendo condicionado a agir cada vez mais com rapidez e a desenvolver várias atividades ao mesmo tempo. Essa aceleração acompanha o ser humano desde a revolução industrial, se manifestando inclusive nas expressões culturais onde o ritmo e a competitividade é cada vez mais acelerado: músicas, jogos, esportes e eletrônicos.

O ser humano desenvolve tecnologias para atender as necessidades da vida humana e da sociedade global. Sabe-se que este é um processo irreversível, “é a realidade com a qual nos defrontamos, por isso é preciso estuda-la com todos os recursos do conhecimento e tentar dominá-la e humaniza-la”. (Friedmann apud Santos, 1996:25). Conclui-se que em decorrência dessas necessidades, o homem inventou, criou e modificou ferramentas para garantir sua sobrevivência, melhorando assim suas condições de vida. É por meio dessa inteligência humana que é possível dar origem às mais diferentes tecnologias, modificando a forma de se atuar no meio, alterar comportamentos, linguagens, redefinir a forma de pensar, agir e transformar o mundo.

Segundo o professor Hélio Couto em seu livro Mentes Informadas, Ondas de In-Formação – (Ed.Linear B, 1º Edição, São Paulo, março 2015) – pg. 49: “Paradigma é o sistema de crenças em que estamos inseridos e que permeia todas as nossas ações, saibamos disso ou não. Entender a força de um paradigma e a necessidade de ultrapassá-lo quando esse não atende mais às necessidades de uma época é crucial para que compreendamos tudo”.

Essas crenças quando não baseadas em fatos positivos, podem levar a pessoa a adotar uma postura de resistência quanto ao novo. Algumas pessoas não querem nem saber de aprender, se atualizar com o progresso tecnológico, preferem ficar na zona de conforto. Para a maioria não importa de onde vem o computador, celular, tablet, televisão… Simplesmente querem apenas apertar o botão, sem questionarem de onde vem tudo isso.

celular, tablet, televisão… Simplesmente querem apenas apertar o botão, sem questionarem de onde vem tudo isso.

Em face dessa realidade o ser humano acaba perdendo na escala evolutiva se compararmos com o progresso tecnológico. O que poderia ser de conhecimento de muitos acaba ficando na mão de uma minoria que usa o poder adquirido para dominar a população que ainda não está desperta.

É necessário que o homem tome conhecimento de seu real valor, e saiba, que assim como seus inventos ele também é parte fundamental de toda essa engrenagem.

Somente o conhecimento da verdade sobre si mesmo é libertador; toda e qualquer ilusão sobre si mesmo é escravizante.

O sistema de crenças errôneas que o limitam na emanação de Amor ao Cosmo, está bloqueando o ser humano em seu aspecto moral intelectual.

Segundo o Dr. Deepak Chopra, “A física quântica nos diz que o mundo é um campo de inteligência que se manifesta na infinita diversidade do universo, se pudéssemos enxergar o corpo pelos olhos de um físico, como realmente é, veríamos um imenso vácuo com escassos pontos espalhados e algumas descargas elétricas aleatórias. O corpo constitui-se de átomos, que por sua vez são constituídos de partículas que giram a velocidades estonteantes ao redor de enormes espaços vazios”.

Temos o poder de tomar decisões. Mas a maioria das pessoas é vítima do pensamento coletivo; elas estão sob a hipnose do condicionamento social e não percebem que tudo poderia ser diferente, não precisamos pensar da mesma maneira.

Um bom exemplo disso são as imagens que vemos no computador, que são criadas a partir da interpretação digital de códigos binários. Em 1713 um matemático suíço, chamado Leibnitz, criou as bases do sistema matemático binário, onde os valores são expressos em função dos estados “1” (ligado, positivo) e “0” (desligado, negativo). Foi a partir daí que foi possível o desenvolvimento dos sistemas binários que é a base dos computadores.

Como podem meros números criarem tudo que vemos digitalmente? Como alguém criou isso? Foi possível porque a mente humana é programada para reproduzir padrões, a realidade digital é uma réplica mais ou menos similar a realidade que chamamos de “material”. O próprio Leibnitz indicou a semelhança entre seu sistema binário e o I-Ching, que são 64 variações de Yin e Yang, ou seja, vazio e o conteúdo, negativo e positivo.

Sendo assim, podemos dizer que TUDO que ocupa espaço são partes de um sistema de códigos. Nossos corpos são um conjunto de códigos programados para interpretar mais códigos. Esse conglomerado ou esse conjunto de códigos que forma quem nós somos está contido numa “chave biológica” chamado DNA, o nosso Código Genético.

A Mecânica Quântica é uma parte da Física que alguns chamam contra intuitiva, isso porque muitos dos seus achados e postulados contrariam o senso comum sobre a forma como percebemos a realidade.

Quando alguém se nega a aceitar os fundamentos da Mecânica Quântica, deveria ser coerente com sua postura e jogar fora todos os aparelhos eletrodomésticos, computadores, GPS e telefones celulares que utiliza no dia a dia. Sem a Mecânica Quântica não teríamos muitos dos benefícios tecnológicos com os quais já estamos acostumados.

O comportamento da natureza não é estranho, ele só parece ser quando o homem tenta enquadrar a realidade no seu modo de entender o mundo. É preciso expandir o paradigma para compreender algo que não se encaixa na antiga visão.

Em face dessa e outras indagações, sobre a resistência em aceitar o novo e se aperfeiçoar cada vez mais, tanto tecnologicamente como humanamente é que se faz necessário repensar em novos valores e conceitos que estão disponíveis neste momento para quem quer evoluir na pirâmide de Maslow, e sair dos primeiros degraus.

Referências:

SCHAFF, Adam. A sociedade informática. São Paulo: Brasiliense, 1990.

BASTOS, João Augusto S.L. Educação e tecnologia, 1997.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura.  São Paulo: Paz e Terra, 1999.

COUTO, Hélio. Mentes In-formadas: Ondas de In-formação, Transferência de Consciências Arqutípicas e Outras Infinitas Possibilidades – São Paulo: Linear B Editora, 1ª ed. São Paulo, 2015.

CHOPPRA, Deepak. A fonte da felicidade duradoura: poder, liberdade e graça – tradução: Alexandre Rosas – 2ª ed. – Rio de Janeiro, 2009.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-512X2004000100007&script=sci_arttext&tlng=pt

http://www.ufrgs.br/epsico/subjetivacao/nos_tecnologia_index.html

http://www.itsbrasil.org.br/publicacoes/artigo/contraohomemobsoleto

http://www.scielo.br/pdf/ptp/v18n2/a09v18n2

http://www.vdl.ufc.br/solar/aula_link/llpt/A_a_H/didatica_I/aula_04/imagens/01/transdisciplinaridade.pdf

http://www.fisica.net/quantica/mecanica_quantica_uma_nova_imagem_do_mundo.pdf

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